Parapsicologia e Cibernética

Aproximadamente a cinqüenta anos atrás os fenômenos ditos para normais eram o centro de muitas conversações e reuniões. Procuravam-se os entender e explicá-los; para isto estudava-se a Parapsicologia, ciência que se dedicava ao estudo desses fenômenos.
 Fenômenos Paranormais são assim chamados fatos e acontecimentos que escapam a normalidade e ao cotidiano, quase sempre independem da vontade do indivíduo que os observa, acontecem espontânea e repentinamente. São considerados paranormais entre outros a sugestão, a hipnose, a premonição, a telepatia e a telestesia.
      O imaginário popular está repleto de seres sobrenaturais tais como anjos, demônios, gênios, fantasmas e almas penadas. Seriam esses e outros entes, reais ou simples criaturas imaginárias? Para quem os observa e os estudam, muitos e talvez todos não passem de criaturas imaginárias e criadas pela imaginação daqueles que os constatam, mas, para estes é realidade inconteste e se dissermos que tudo não passa de imaginação, logo viria à resposta: mas, eu vi.
      A existência desses fenômenos é inegável, mas, como explica-los? Muitas são as respostas, para o espiritismo Kardecista ou Umbandista e para inúmeras outras crenças e religiões em todo o mundo são causados por espíritos dos mortos ou por seres supernaturais, tais como gênios, demônios e exus. Para os céticos e materialistas, tudo não passa de fantasia, de ilusão e não merece ser levado em conta. Para a Parapsicologia estes fenômenos são causados pelo próprio homem, pela atividade incontrolada de seu inconsciente.
      Vamos deixar os outros fenômenos e considerarmos apenas a telepatia, para os demais fenômenos paranormais e para o aprofundamento do conhecimento da própria telepatia existem muitos livros de parapsicologia. Não nos esqueçamos de que nestes assuntos o Pe Quevedo é um mestre.
Telepatia é a comunicação à distância realizada diretamente pelo pensamento, independente da mediação da palavra ou do gesto. É a comunicação direta de uma mensagem de quem a emite para quem a recebe; do emissor ao receptor.
        A grande dificuldade está em que a comunicação telepática não se submete ao controle humano. Não se consegue direcionar com precisão a mensagem que queremos comunicar. Muitas vezes procura-se entrar em contato com uma pessoa, mas é outra que recebe nossa mensagem. Além disso, conscientemente e por livre decisão dificilmente, talvez nunca, se consegue emitir uma mensagem telepática.
       O telepata (emissor) envia suas mensagens num estado de semi-inconsciência ou de total inconsciência. Isto se dá no sonho, ao acordar, em estado de coma ou sob um grande susto causado por acontecimento repentino e assustador.
       A transmissão telepática não se dá através de palavras ou conceitos; é o próprio fato ou acontecimento que é transmitido. A mensagem enviada pelo emissor é recebida por uma pessoa sensitiva (médium como o chamam os espíritas) que ao recebê-la a dramatiza antes de torná-la consciente. Vejamos alguns exemplos: minha mãe, quando ainda criança, foi por ordem de seu pai buscar vinho na adega, lá chegando escutou um grito angustiado retornou apressadamente e disse ao meu avô “Alfredo (seu irmão mais velho) acaba de falecer”. Pouco depois batem a porta para anunciar o falecimento que de fato acontecera; noutra ocasião, já casada e sendo proprietária de um pequeno armazém, sonhou que um freguês que a houvera ofendido, passava pela porta e a cumprimentava como se quisesse se desculpar, ela notou que ele estava sem chapéu, o que não era comum naquela época. Acordando contou o sonho a meu pai e, disse-lhe que pensava que o referido freguês havia falecido, o que foi comprovado em seguida. Minha mãe era sensitiva e, mesmo contra sua vontade teve outras experiências como estas; muitas pessoas as têm, não é difícil localizá-las entre nossos conhecidos.
      Mas, a transmissão telepática como nos exemplos acima são emitidas por pessoas já mortas ou ainda vivas, embora agonizantes ou em perigo de vida? O exemplo que transcreverei e que li num livro de parapsicologia pode nos ajudar a dirimir tal dúvida. Em tempos passados, certo príncipe (não me recordo o nome) enviou uma mensagem de que tinha morrido. Esta mensagem foi recebida por um sensitivo em outro país, mas ele continuava vivo. O que acontecera é que o príncipe fora assaltado e teve ameaçada sua vida, mas conseguiu livrar-se dos que o ameaçavam. Naquele instante de terror enviou um pedido de socorro que foi recebido como se sua morte tivesse se concretizado. Outros exemplos existem que nos mostram com muita probabilidade que as transmissões telepáticas partem de pessoas vivas, muitas vezes passando por grande perigo, mas vivas.
      A telepatia não conhece distâncias, muitas vezes pessoa estando em diferentes países se comunicam telepaticamente, com relação ao tempo existem mensagens enviadas e só recebidas muito tempo depois, quanto às premonições, mensagens provenientes do futuro, aqui o terreno é difícil e traiçoeiro, se faz necessário um estudo acurado para verificarmos se estas mensagens são realmente provenientes do futuro ou, apenas parecem ser assim como nos parece ser mais provável.
      Conversando com um amigo (Joflei), hoje já falecido, ficávamos a imaginar se não seria possível um engenho semelhante o rádio, o telefone ou a televisão que canalizasse a transmissão dos próprios pensamentos? Hoje, isto já é real.

O Mundo da Comunicação e da Cibernética

Monstros e fantasmas domesticados: no passado havia muitos relatos sobre aparições de seres sobrenaturais, como os monstros, os demônios e os fantasmas que causavam uma expectativa de temor e curiosidade a quem os escutava; o testemunho de quem os havia presenciado e deles participado era impressionante. Hoje, estes relatos não causam mais nenhum efeito sobre a maioria da população, que neles nem mesmo creem. Por quê? Porque foram domesticados.
      Nos dias de hoje quem está interessado em histórias de monstros, demônios e fantasmas podem encontrá-las no cinema, onde se exibem filmes de terror e de suspense, também são exibidos outros filmes como histórias românticas, de aventura e muitas outras. O cinema exorcizou fantasmas e monstros, colocando-os a disposição para quem gosta de emoções fortes, sem correr qualquer perigo.
      Quem não quiser se deslocar até uma sala de exibição cinematográfica pode adquirir um DVD, um CDR ou outro qualquer objeto semelhante e assistir o drama ou tragédia de sua escolha, no conforto de sua própria residência. Isto tudo parece tão evidente, tão comum, tão comezinho; mas, não nos esqueçamos de que nas primeiras décadas do século 20, isto não seria possível. Seria mesmo impensável.
 Instrumentos que revolucionaram a comunicação – Além do cinema e dos diferentes discos graváveis temos o telefone, o rádio, a TV e o Computador. Hoje, a existência desses instrumentos está tão disseminada que não nos causam mais admiração, parecem ser igualmente comuns e tão necessários como os membros e sentidos de nosso próprio corpo.
       Refletirmos sobre como nos tornamos conscientes de cada um deles em nossa vida, não fará mal.
       Comecemos pelo telefone, que coisa maravilhosa é podermos dialogar com pessoas que se encontram distantes, em outra cidade, outra região, outro país, outro continente. No início, quando o diálogo envolvia duas pessoas situadas a grandes distâncias, a comunicação era muito difícil com muitos ruídos e interferências, hoje, com o progresso técnico parecem-nos que nosso interlocutor está em nossa frente, tão claro é sua voz.
      Através do Rádio, o som nos é transmitido de estações transmissoras localizadas em diversas partes do mundo e captado pelo nosso aparelho. Importante é notar que podemos escolher no dial a emissora que queremos ouvir, o som não nos chega misturado e aleatoriamente, podemos escolher. No passado as transmissões, assim como no telefone, sofriam interferências, como era difícil escutar a uma partida de futebol transmitida desde a Europa ou outro continente. Hoje, as transmissões são claras e não paramos nem um pouco para refletirmos em como é extraordinário ouvir uma transmissão do que está acontecendo a grandes distâncias.
     Maior do que o telefone, o rádio e mesmo o cinema foi o impacto causado pela Televisão. A Televisão transmite não só o som, mas também as imagens em tempo real e em cores. Que coisa extraordinária, quanta emoção sentimos ao assistir os jogos do campeonato mundial no México, quando conquistamos definitivamente a Taça ‘Jules Rimet’, hoje estas transmissões são corriqueiras e, nem por isso deixam de ser extraordinárias. Maior foi a emoção de assistirmos o pouso do primeiro homem na Lua, agora não só de qualquer parte de nossa terra, mas até mesmo do espaço exterior podemos presenciar pela TV as conquistas da humanidade.
       A TV passou a integrar de tal forma a nossa vida que é difícil entender como o homem conseguiu viver tantos séculos e milênios sem ela. A TV nos informa dos acontecimentos, quase que imediatamente, aconteça em qualquer parte do mundo. A terra transformou-se numa “Aldeia Global”, como já previra Mac Luan.
      Mas além de informar a TV é formadora de opiniões; aqui reside o grande perigo. Crianças e jovens ainda imaturos e adultos sem o devido espírito crítico são dominados pelo poder da mídia e aceitam tudo o que nela é veiculado como verdades “de fide”. A TV é a grande mestra de nossa era. O professor, o padre, o pastor, o médico, a autoridade constituída tem menos credibilidade perante o grande público do que o porta voz da TV.
      Verdadeiramente, a TV informa, forma e deforma; é preciso cuidado e atenção para não nos tornarmos escravos deste Senhor poderoso e anônimo que manipula os programas e as informações televisivas, tendo em vista apenas seus próprios interesses
      Não poderia encerar essas minhas considerações sobre a televisão se não focalizasse rapidamente este estranho objeto que é o controle remoto. É verdade que o controle remoto é usado também conjugado com outros aparelhos, mas é com a televisão que seu uso é mais comum. É extraordinário, com ele podemos de nossa poltrona e sem nada que nos ligue ao receptor de TV ligá-lo, desliga-lo, trocar de canal, aumentar e abaixar o volume, clarear ou escurecer a imagem, etc., sempre ao nosso bel prazer. A posse do controle remoto nos dá certa impressão de poder, de autoridade. Podemos a distância determinar o que deve ser feito.
      Mas, o mais extraordinário e perigoso de todos estes instrumentos é o computador. O computador aos poucos vai substituindo todos os outros meios de comunicação e começa a reinar absoluta e incontestavelmente.
      Pelo computador pode-se assistir filmes, ouvir músicas, enviar e receber mensagens, inclusive com som e imagem ao vivo, enfim tudo o que os outros meios de comunicação podem fazer e muito mais.
      O que é mais, o usuário do computador programa-o (ou pensa fazê-lo) de acordo com seus gostos e interesses e não depende de ninguém mais. Pode estabelecer contatos pessoais com pessoas de todo o mundo e com elas interagir; somente como exemplo um aficionado do xadrez (ou de qualquer outro jogo) pode jogar uma partida inteira e até participar de campeonatos com adversários de diferentes nacionalidades, sem sair de casa.
       Reuniões e assembleias de grandes empresas são realizadas ‘on line’ e muitas coisas são decidida sem que os participantes nunca se encontrem pessoalmente; hoje há quem trabalhe em sua casa sem precisar ir ao local de trabalho por usarem um computador.
      Através da TV, do Rádio, das revistas e dos jornais ficamos conhecendo os acontecimentos através da visão dos poderosos, principalmente dos governos; pela Internet podemos conhecer a opinião das pessoas comuns, que não podem se expressar livremente nos grandes meios de comunicação. A comunicação realizada pela Internet é direta e livre (ou quase), muitas vezes consegue escapar da censura.
       Mas, se a Internet é de certa maneira livre dos censores, pode trazer muitos riscos. São muitos os exemplos que tomamos conhecimento, através da mídia, de crimes e tragédias que tiveram início e foram anunciadas pela internet. Muitos são também aqueles que se aproveitam da internet para destilarem seus venenos e incitarem comportamentos imorais, antissociais e até criminosos. É preciso preservar-se a Liberdade da Internet, mas esta precisa ser vigiada. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio, no qual o bom uso da internet seja indiscutível.  
       Da mesma forma que na televisão o uso do controle remoto permite agirmos a distância, o mesmo acontece com o computador, porém usando outros meios.
      ‘Hackers’ podem invadir programas de computador para roubarem informações e para prejudicarem os legítimos usuários. Conta-se que até os computadores da NASA superprotegidos já foram invadidos.
      E por falar em NASA esta, bem como outras agências espaciais, possa e de fato o fazem enviar por computadores poderosíssimos mensagens a veículos espaciais, a fim de corrigir seu rumo quando se extraviam.
Entre a Ficção e a realidade – perante a descontrolada rapidez em que se processam as mudanças nos computadores, tanto com respeito ao hardware, como ao software de tal forma que um equipamento lançado hoje, provavelmente estará ultrapassado em três ou quatro meses e deverá ser descartado como ‘sucata’, perguntamos, e o futuro o que nos reserva?
     A resposta é demasiado difícil, podemos apenas dizer que novos programas e aparelhos continuarão a aparecer cada vez mais sofisticados e com mais recursos, vai ser difícil acompanhar todo este progresso. Mas, e com referência as novidades? Para tentar responder vamos recorrer a ficção científica e a intuição. Pode dar certo.
      Muitas vezes a ficção científica se adiantou a ciência ao prever certas invenções que depois se tornaram realidade, haja visto Júlio Verne e seus inúmeros aparelhos que descreveu em seus livros. Também sábios da idade média previram a construção de muitos aparelhos que hoje são realidade, para citarmos apenas dois: Leonardo Da Vinci e Roger Bacon. É apoiado nestes exemplos que ousamos prever para o futuro, muita coisa já prevista na ficção científica.
      Podemos imaginar que além da transmissão da imagem e do som, teremos também a transmissão do odor e do sabor. Quanto ao Tele transporte, que permitirá viagens a distâncias astronômicas e praticamente instantâneas, será possível? Na realidade muito difícil e estamos muito longe de conseguirmos, mas, não é impossível.
       Finalmente perguntaremos sobre a possibilidade da viagem através do tempo. Aqui penso não ser possível, por ser contraditório, o tempo é sucessão contínua, o que acontece uma vez, não pode voltar a acontecer. A relatividade do tempo como dimensão do espaço, só tem sentido dentro da teoria da relatividade, não no real. No entanto, nada impede que se construa um aparelho que possa perscrutar o passado, possibilitando a visão de acontecimentos já ocorridos, mas sem que os mesmos sejam modificados, nem que voltemos ao passado.
      Viagens espaciais e ao fundo da terra, bem como a outras regiões desconhecidas e o aumento de nosso conhecimento do que hoje nos é desconhecido, tudo isso será possível com os novos computadores que serão construídos pelo homem.

Realidade virtual

     Sentado diante de meu computador preparo-me para deixar esta realidade cotidiana e penetrar a realidade virtual, a fim de estudá-la. Primeiro é preciso ligar o aparelho numa fonte de energia e esperar para receber os sinais de um determinado provedor ao qual estou conectado. Nosso próximo passo é abrir o e-mail para verificar se recebi alguma nova comunicação. É interessante como funciona o correio eletrônico, se quero enviar uma mensagem para determinada pessoa, digito seu endereço eletrônico e a minha mensagem e determino que seja enviada; mas minha mensagem não segue direto para seu destinatário, mas à provedora na qual me hospedo e lá fica arquivada, como se num imenso armário estivessem depositadas milhares, não milhões de mensagens oriundas de todas as partes. A mensagem só é recebida e lida quando o destinatário a abrir em qualquer computador, isto é importante, não num determinado computador, mas, em qualquer um desde que a encontre entre as mensagens recebidas em seu próprio ‘e mail’. Será que o conteúdo da mensagem é seguro, será que  não pode ser aberta por outras pessoas que não o destinatário?
     Em seguida começo a procurar na Internet por ‘proteções de tela’ que me agradem, esta atividade sempre me atrai. Agora, tendo escolhido as ‘proteções de tela   ‘ devo salva-las e, é o que faço. Mas, verificando em meu computador vejo que o que salvei foi apenas os ‘ícones’ que representam as referidas ‘proteções de tela’, não elas mesmas, é preciso instalá-las. Agora sim, posso vê-las e admirá-las, fico cismando com meus botões, será que todas estas imagens estão contidas neste pequeno ícone? Para piorar a situação verifico que posso transferir o referido ícone para outros computadores e nestes sempre poderei instalá-los à vontade. De onde vem as imagens que são mostradas quantas vezes e em quantos computadores quisermos?
      Outra atividade que também me agrada é copiar gravuras para depois utilizá-las na criação de apresentações de ‘Power point’ e para outras aplicações. Neste caso, o que mais me intriga é o fato de que quando copiamos determinada imagem que contém algum movimento, não só a imagem, mas também o movimento é registrado. Além disso, podemos interagir com a referida imagem, aumentando-a, diminuindo-a, clareando-a, escurecendo-a, enfim modificando-a de diversas maneiras de acordo com nossos interesses e objetivos.
      Por falar em interagir com as imagens virtuais que se mostram na tela do computador, nada melhor do que verificarmos o que acontece nos jogos ‘on line’, quando utilizando o teclado, o mouse ou, outro instrumento semelhante pode-se atuar diretamente, influenciar e determinar o andamento das partidas ou das tramas previamente programadas.
       Muitas vezes estes instrumentos são desnecessários, basta um ligeiro toque na tela do computador e, em casos raros e especiais, quando computadores programados especialmente para serem utilizados por tetraplégicos, o olhar é o instrumento utilizado para manejá-lo. Fala-se, também em computadores sendo comandados diretamente pelo próprio cérebro.  
       Em jogos eletrônicos são utilizados ‘joysticks’ para comandar e determinar os movimentos e ações dos atores virtuais destes jogos. Em determinados jogos, cuja tecnologia é bastante avançada, um determinado tipo de óculos faz com que o jogador se sinta como participante da própria aventura virtual e só recupera a consciência da realidade cotidiana ou normal, quando o aparelho é desligado.               
        Abstraindo-se do fato da existência do aparelho (óculos especial) que torna o indivíduo participe de uma trama virtual, qual a diferença entre ele e o que se sente envolvido em aventuras aparentemente reais, num sonho, num estado hipnótico ou de outra qualquer situação não totalmente consciente e que somente ao acordar retorne a realidade?
       Neste ponto de nossas reflexões podemos constatar que existe muita semelhança entre a realidade paranormal ou sobrenatural, povoada com seus anjos, demônios e fantasmas e que muito assustou nossos antepassados por um lado e, a realidade virtual que hoje encanta a todos, principalmente aos mais jovens.
       Paranormalidade ou realidade virtual muito ainda é preciso estudar pra melhor conhece-las e distingui-las. O que não se pode mais é negar toda e qualquer realidade que não seja estritamente material. Qual a constituição do que vemos ou sentimos quer no sonho, nas visões e na fantasia, quer quando nos conectamos com um site ou com outro internauta? Qual a sua realidade?
      Temos uma visão e ela desaparece de repente: se estamos dormindo e acordamos, é um sonho; se somos surpreendidos no meio da noite escura, é um fantasma, se estamos defronte de um aparelho e o desconectamos é uma imagem virtual. Nos três casos a visão existiu, nos três desapareceu repentinamente, mas nos dois primeiros exemplos não dependeu de nossa vontade, no último fomos quem a fizemos desaparecer.
      Esta visão foi real? Sim, mas qual a sua realidade? Não a realidade material, pois lhe falta consistência; nos dois primeiros casos, apenas projeção de nosso inconsciente, no terceiro impulsos de energia que foram enviados de fonte geradora até nosso receptor. Podemos afirmar, apesar desta pequena diferença que a referida imagem não é material.
      Se não é material é espiritual? Também não pois se mostra com aparência material, não tem peso, não têm consistência, mas tem forma e tem cor. Mas se não é material, nem espiritual, oque é? Não sei, mas tanto os seres para normais, como os virtuais devem se situar num “espaço” intermediário entre o material e o espiritual.
     Se nos aprofundarmos no estudo da realidade virtual certamente iremos compreender melhor o que se refere a Paranormalidade e, além disso compreender também porque espírito e matéria se complementam e se constituem em duas faces de uma mesma e única realidade.


                    A Multiplicidade se resolve na unidade ...